O prefeito eleito de Canoas, Luiz Carlos Busato (PTB), foi ouvido no Gaúcha Atualidade nesta segunda-feira (31) e manteve o discurso crítico que utilizou durante a campanha contra alguns projetos mantidos pela atual administração. Um deles, o do aeromóvel entre os Bairros Guajuviras e Mathias Velho, será revisto e poderá ser cancelado. Para isso, consultas serão realizadas ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) e à Metroplan.
“É uma questão financeira, mas tenho alguns questionamentos sobre a eficiência desse transporte para Canoas. Mas o que mais questiono é sobre o empréstimo feito pra construir essa linha que não é viável economicamente”, diz.
Nas próximas semanas, Busato afirmou que vai procurar o atual prefeito, Jairo Jorge (PT), para ter acesso aos contratos em andamento com o município.
“Tem muitos contratos sem licitação, obras emergenciais que foram feitas. Eu tenho que revisar todos os contratos”.
Na área da segurança, disse que vai manter a integração entre diversos órgãos, o que já ocorre no município, mas vai estudar mudanças. Para ele, há algumas incompatibilidade na presença, no mesmo ambiente, da Brigada Militar, da Polícia Civil e da Guarda Municipal.
Campanha
Busato admite que foi favorecido pela Operação Suffragium, realizada pela Polícia Federal, que encontrou cerca de R$ 176 mil em uma mochila que estava no comitê da adversária, Beth Colombo (PRB). O tesoureiro da campanha dela assumiu que era o dono do dinheiro. Na casa dele, mais R$ 300 mil foram encontrados. O montante não estava declarado nas contas eleitorais da candidata.
O resultado também foi impulsionado pelo apoio a Busato do terceiro colocado no primeiro turno, Felipe Martini (PSDB). A partir disso, o atual deputado federal conseguiu virar a situação desfavorável em relação do 1º turno e foi eleito com mais de 84 mil votos.