O deputado Mário Jardel (PSD) comunicou, nesta terça-feira, que retomou seu mandato na Assembleia Legislativa. Em nota, o parlamentar disse que está pronto para "cumprir sua missão" e "honrar" os mais de 41 mil votos que o elegeram. No início do mês, uma liminar suspendeu a votação do processo de cassação de Jardel.
"Voltei para a Assembleia Legislativa e estou pronto para cumprir minha missão. Me sinto bem para seguir com meus três projetos que estão em andamento na casa, participar ativamente das comissões e para honrar os 41.227 votos que me elegeram Deputado Estadual", diz a nota divulgada pelo deputado.
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"Agradeço imensamente à toda comunidade, em especial ao povo gaúcho que me apoiou, mandando mensagens de carinho e incentivo. Saibam que foram vitais para a minha recuperação. Ressalto também a competência de meus advogados e dos profissionais que trabalham diariamente em meu gabinete. Vamos seguir em frente e trabalhar sempre em benefício da população gaúcha", acrescenta o comunicado.
A suspensão da cassação minutos antes de ser votada em plenário ocorreu no dia 5 de julho. Em junho, o advogado do parlamentar, Rogerio Bassotto, pediu à Justiça a interrupção da tramitação. No documento, a defesa alegou que Jardel não foi ouvido nem na Comissão de Ética, nem na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Além disso, argumentou que o relator da CCJ, Elton Weber (PSB), havia declarado o voto favorável à perda de mandato antes de emitir parecer pela cassação.
A Comissão de Ética da Assembleia se posicionou a favor da cassação de Jardel por quebra de decoro parlamentar. A discussão sobre o caso no Legislativo se iniciou em dezembro, quando a Comissão abriu um processo para apurar a conduta do deputado.
Em fevereiro deste ano, o Ministério Público denunciou Jardel à Justiça por constituir organização criminosa, peculato, uso de documento falso, concussão, lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores. Conforme a investigação, ele exigia parte dos salários de servidores do gabinete, contratava funcionários fantasmas e falsificava diárias e relatórios de indenização veicular.
*Zero Hora