A Polícia Federal (PF) prendeu nesta segunda-feira mais três investigados na Operação Recomeço que tinham mandados de prisão temporária em aberto. Na ação, deflagrada sexta-feira pela PF, em parceria com o Ministério Público Federal, já foram presos seis suspeitos de envolvimento em desvios de recursos dos fundos de pensão Petros (da Petrobras) e Postalis (dos Correios). Os desvios podem chegar a R$ 90 milhões.
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No dia que a operação foi deflagrada, a PF prendeu Adilson Florêncio da Costa, ex-diretor financeiro do Postalis, Roberto Roland Rodrigues da Silva Jr., que auxiliou na estruturação da operação do grupo educacional Galileo, e Paulo César Prado Ferreira da Gama, um dos donos da Universidade Gama Filho.
Os três presos desta segunda se apresentaram na Superintendência da Polícia Federal no Rio. São eles: Ricardo Andrade Magro e Carlos Alberto Peregrino da Silva, suspeitos de participar da estruturação da operação fraudulenta do Grupo Galileo Educacional, e Luiz Alfredo da Gama Botafogo Muniz, um dos donos da Gama Filho. Todos estão com prisão temporária decretada e foram encaminhados ao sistema prisional do estado.
Ainda falta prender o advogado Márcio André Mendes Costa, sócio do Grupo Galileo. Esquema Segundo a investigação, o esquema foi montado pela Galileo Educacional, que arrecadou cerca de R$ 100 milhões por meio da compra de debêntures (títulos mobiliários), com o objetivo de recuperar a Universidade Gama Filho, no Rio.
Quando o Grupo Galileo quebrou, cerca de R$ 90 milhões foram desviados. As investigações começaram em 2013, motivadas pela situação dos alunos da Universidade Gama Filho, descredenciada pelo Ministério da Educação no início de 2014, após a crise financeira na instituição.