Alvo de mandado de busca e apreensão em sua residência, nesta quinta-feira, na Operação Custo Brasil, o ex-ministro Carlos Gabas afirmou que considera importante que as investigações da Polícia Federal e do Ministério Público avancem. Entretanto, disse que não tem relação nenhuma com as apurações desta manhã e que, inclusive, já acionou a sua advogada para prestar depoimento na PF sobre o caso.
– Não tenho absolutamente nada a ver e quero esclarecer isso – disse Gabas, que foi ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil (SAC) do governo Dilma Rousseff, ministro da Previdência Social e já ocupou o cargo de secretário especial da Previdência Social depois que a pasta foi unida ao Ministério do Trabalho.
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Segundo ele, o Ministério da Previdência durante a sua gestão não teve nenhum relacionamento com a Consist. A empresa teria pago propinas após vencer uma licitação do Ministério do Planejamento para prestar serviços de informática no âmbito do acordo técnico entre a pasta, a Associação Brasileira de Bancos (ABBC) e o Sindicato das Entidades Abertas de Previdência Privada (SINAPP) para gestão de margem consignável em folha de pagamento dos servidores públicos federais.
A citação a Gabas foi feita pelo ex-vereador petista de Americana (SP) Alexandre Romano, conhecido como Chambinho, preso na Lava-Jato, um dos responsáveis pelo esquema de propinas no Planejamento. Em delação, Chambinho disse que Gabas teria recebido propina acertada com o PT cobrada da Consist.
O negócio teria como principais beneficiados o ex-ministro Paulo Bernardo (Planejamento e Comunicação), preso na manhã desta quinta, e sua mulher, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).