Depois de limitar as viagens da presidente afastada Dilma Rousseff com uso de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), o governo interino cortou, na quarta-feira, o "cartão de suprimento", usado para comprar comida para o Palácio do Alvorada. A informação foi divulgada na coluna Painel, do jornal Folha de S.Paulo deste sábado. Além da comida, o recurso era usado para custos com a manutenção do local onde Dilma permanece enquanto afastada.
A Secretaria do Governo confirmou a suspensão, mas afirmou que houve apenas uma "interrupção provisória" até o recebimento de parecer jurídico sobre os direitos da petista. Na noite de sexta-feira, o Palácio do Planalto informou que o cartão já estava liberado para as compras. Segundo assessores, Dilma teria ficado furiosa com os cortes estabelecidos e chamou o governo provisório de mesquinho.
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Em Porto Alegre, a presidente afastada informou, em tom de denúncia, na noite de sexta, a limitação de viagens imposta pela equipe de Michel Temer. Para ela, a situação é considerada "grave". Sobre os deslocamentos, no Facebook, ela afirmou que "vai viajar":
"Houve uma decisão da Casa Civil ilegítima, provisória e interina, cujo objetivo é proibir que eu viaje. É um escândalo que eu não possa viajar para o Rio, para o Pará, para o Ceará Isso é grave. Eu não posso, como qualquer outra pessoa, pegar um avião (comercial). Tem de ter todo um esquema garantindo a minha segurança, pela Constituição. É a Constituição que manda. Estamos diante de uma situação que vai ter de ser resolvida. Eu vou viajar!", escreveu.
Dilma em Porto Alegre
A presidente afastada deixou Porto Alegre rumo a Brasília no fim da tarde deste sábado, depois de participar de dois atos políticos na Assembleia Legislativa e na Esquina Democrática, no Centro. Na Capital desde a noite de quinta-feira, Dilma esteve nesta manhã com a filha Paula Rousseff, na Zona Sul da Capital.
* Zero Hora