Em nota divulgada na noite desta quarta-feira, o deputado e presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse respeitar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de torná-lo réu na segunda ação da Operação Lava-Jato, mas ressaltou que confia que, ao fim do julgamento do mérito, será absolvido.
Por unanimidade, os 11 ministros entenderam nesta tarde que há elementos suficientes para aceitar a denúncia proposta pela Procuradoria-Geral da República de que Cunha manteve contas secretas na Suíça abastecidas com dinheiro desviado de contratos da Petrobras.
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Cunha disse lamentar o não acolhimento das preliminares defendidas pelos seus advogados e afirmou concordar "integralmente" com os argumentos do ministro Marco Aurélio Mello.
"Ressalto ainda meu inconformismo com a decisão, dando como exemplo que a comprovação feita pela minha defesa de que uma suposta reunião na Petrobras não existiu. Foi ignorada e usada como parte da fundamentação da aceitação da denúncia", diz a nota.
Ao final, o peemedebista repete que detinha truste no exterior e não uma conta em que era o titular:
"Ao longo da instrução probatória, a minha defesa comprovará que o instituto do truste não significa que eu detenha a titularidade da conta", afirma.