O Conselho de Ética realiza, nesta terça-feira, sessão de debate e votação do parecer do deputado Marcos Rogério (DEM-RO) sobre o processo contra o presidente afastado da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ). No texto, Rogério defende a cassação do mandato do peemedebista.
Cunha teria mentido à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, quando negou a existência de contas no Exterior em seu nome, o que poderia caracterizar quebra de decoro parlamentar. O deputado está afastado de suas funções desde o dia 5 de maio por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
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Estão previstos nas primeiras horas da reunião os discursos de 17 parlamentares, entre membros e não-membros do colegiado. Só depois os conselheiros partirão para a votação do parecer de Rogério.
Mais cedo, em entrevista à Rádio Gaúcha, o presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PR-BA), avaliou o pedido de prisão de Cunha, que foi solicitado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Para Araújo, o pedido agrava a situação do peemedebista.
– Isso fortalece os nossos argumentos – afirmou Araújo, que disse esperar a aprovação do parecer contra o deputado.
Primeiro a chegar ao Conselho de Ética nesta terça-feira, o vice-líder da bancada do PMDB, Carlos Marun (MS), classificou como "pirotecnia" um possível pedido de prisão de Cunha. Para ele, a solicitação da PGR é desnecessária.
– Não acredito que tenha acontecido esse pedido – comentou.