O processo de expulsão partidária do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), no conselho de ética do PP terá prosseguimento e será aberto nesta segunda-feira. O caso teve novo capítulo depois de Maranhão decidir, monocraticamente, pela anulação das sessões que aprovaram o impeachment de Dilma Rousseff na Câmara.
O PP havia fechado questão pelo voto a favor do impedimento de Dilma e oito dos seus deputados não acompanharam a orientação. Quatro se abstiveram e outros quatro se posicionaram contra. Os processos foram encaminhados à comissão de ética do PP, mas não haviam sido abertos até esta segunda-feira porque faltava a assinatura de um membro da executiva nacional, um pré-requisito.
Leia mais:
OAB vai recorrer no STF da anulação do impeachment
Dilma recebe notícia de anulação e pede cautela
Confira a íntegra da decisão de Waldir Maranhão
Ao saber da decisão de Maranhão, o deputado Jerônimo Goergen (PP-RS) ligou ao partido para saber do estágio dos processos. Ao tomar ciência da situação, assinou os oito processos como membro da executiva, garantindo a abertura.
– A primeira coisa é que temos de mostrar que não compactuamos com essa decisão do Maranhão. O processo deverá ser instalado ainda hoje e, no caso dele, estou pedindo expulsão, ele reincidiu. Também peço que o processo seja mais rápido. Deixar o Maranhão sem partido vai facilitar o chamamento de novas eleições para a presidência da Câmara – afirma Jerônimo.