Sondado pela equipe do vice-presidente Michel Temer para ocupar o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) num eventual governo do peemedebista, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) afirmou, nesta segunda-feira, que não tem pretensão de compor o eventual governo Temer e que seu papel é continuar cumprindo suas funções no Senado Federal.
– Não fui, não sou e nem serei candidato a ministro. Meu papel é permanecer no Senado – disse Jereissati.
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Ex-governador do Ceará em três gestões, formado em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro e líder empresarial, o senador tucano é um dos nomes cotados para o eventual ministério de Temer em razão de sua experiência e bom trânsito junto ao empresariado e também às lideranças políticas e empresariais no Nordeste, região considerada essencial para o sucesso de qualquer governo.
A equipe que vem fazendo as costuras para a formação do eventual governo Temer pensou no nome do senador tucano justamente para mostrar ao setor que, caso o peemedebista assuma a Presidência da República, não pretende desidratar o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Este é um pleito do empresariado e de federações do setor, como a Fiesp.
Nas conversas para a composição do provável governo do peemedebista, chegou a se falar na transferências das atribuições do Comércio Exterior para o Itamaraty, que poderia vir a ser ocupado por outro tucano, o senador José Serra (SP). Entretanto, o pleito da indústria e de setores do empresariado é que o comércio exterior continue com o MDIC.
Mesmo com a negativa do senador, fontes ligadas ao PSDB informaram que o nome de Jereissati poderá agregar valor e credibilidade numa área essencial para a retomada do desenvolvimento do país.
– Ele é muito respeitado no meio empresarial, é um empreendedor de sucesso, sério e muito competente no que faz, além disso, conhece muito bem os gargalos e potencialidades do Nordeste, por isso é alguém credenciado a compor uma equipe de notáveis, como já destacou o próprio vice-presidente – reitera a fonte.
*Estadão Conteúdo