Com receio da ampliação dos desgastes para o governo, o presidente interino Michel Temer e o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, sondaram o ministro Henrique Eduardo Alves (Turismo) sobre a possibilidade de ele deixar o cargo, em razão de possíveis desdobramentos da Operação Lava-Jato.
Segundo a reportagem apurou, a conversa teria ocorrido na segunda-feira, mesmo dia em que o então ministro do Planejamento, Romero Jucá, foi afastado do cargo, após o surgimento de gravações realizadas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.
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No áudio, revelado pelo jornal Folha de São Paulo, Jucá diz ao ex-dirigente que é preciso "mudar o governo (Dilma Rousseff) para poder estancar essa sangria", numa referência às investigações da Lava-Jato.
Ao ser abordado por Temer e Padilha, Henrique Alves minimizou as citações feitas contra ele nas investigações e ressaltou que não era réu e por isso gostaria de ficar no cargo. O ministro, que ocupou a mesma cadeira no governo Dilma, teve a casa vasculhada pela Polícia Federal em dezembro do ano passado em uma das fases da Lava-Jato, batizada de Catilinárias.