O juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, condenou o ex-ministro José Dirceu a 23 anos e três meses de prisão pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e pertinência à organização criminosa. A pena deverá ser cumprida inicialmente em regime fechado, mas cabe recurso da condenação.
No mês passado, o Ministério Público Federal (MPF) pediu à Justiça Federal do Paraná a condenação de Dirceu, do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, e de mais 13 réus da ação penal decorrente da 17ª fase da Lava Jato, batizada de Pixuleco. O pedido foi feito nas alegações finais.
No pedido, o MPF acusava Dirceu dos crimes de organização criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Em 2012, o ex-ministro já havia sido condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento no esquema do Mensalão.
"O mais perturbador, porém, em relação a José Dirceu de Oliveira e Silva consiste no fato de que recebeu propina inclusive enquanto estava sendo julgada pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal a Ação Penal 470 [o julgamento do mensalão], havendo registro de recebimentos pelo menos até 13/11/2013" , afirmou o juiz Sérgio Moro na sentença.
Além do ex-ministro, a decisão de Moro traz também a sentença para mais 13 pessoas entre elas, João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, por corrupção passiva. Vaccari foi condenado a 9 anos de prisão. A pena será cumprida inicialmente em regime fechado