Presidente interino do Brasil, Michel Temer foi membro da maçonaria por 14 anos, entre 2001 e 2015. Seu vínculo era com a Loja Simbólica Colunas Paulistas, em São Paulo.
Apesar da filiação por mais de uma década, o currículo de Temer na entidade não é dos mais extensos, se comparado a de outros integrantes influentes. Ele não chegou a ocupar cargos importantes dentro da organização, sua freqüência nas reuniões era prejudicada pela atuação na política, mas obteve ascensão e, sempre que estava em São Paulo, marcava presença nos encontros.
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O ingresso de Temer na maçonaria ocorreu em 4 de dezembro de 2001, na condição de aprendiz, época em que ele era deputado federal em quarto mandato. Pouco mais de um ano depois, em 10 de fevereiro de 2003, foi "elevado" ao posto de companheiro. Sua última promoção ocorreu em 4 de janeiro de 2004, ocasião em que foi "exaltado" a mestre. Na estrutura da maçonaria, o filiado conquista plenos direitos quando ascende à posição de mestre, requisito básico para poder votar e ser votado, buscando assumir cargos dentro da organização.
Mas os registros mostram que Temer nunca ocupou funções eletivas na maçonaria. Em 2015, quando já estava no exercício do segundo mandato de vice-presidente, solicitou o "Quite Placet", que significa desligamento na linguagem maçônica. Até agora, ele continua afastado, não há registro de que tenha solicitado filiação em outra unidade da associação.
A Loja Simbólica Colunas Paulistas fica no bairro Pinheiros, um dos mais nobres de São Paulo. A maçonaria é uma sociedade discreta e fechada para aqueles que não são membros. Símbolos e sinais fazem parte da liturgia. A carência de detalhes a respeito do seu funcionamento alimenta mistérios e curiosidades. Pessoas vinculadas dizem que é uma "instituição em que as pessoas se reúnem para o aperfeiçoamento moral e espiritual". O termo maçonaria está ligado ao conceito de "construção". O surgimento da entidade, na Europa, ocorreu ainda na Idade Média, fundamentada em princípios filosóficos.