Um ano e três meses após uma eleição acirrada, a assembleia do Cpers terminou em tumulto nesta sexta-feira, expondo a divisão no maior sindicato do Rio Grande do Sul, com mais de 80 mil filiados. Em votação, a categoria decidiu encerrar a greve e retomar as aulas na segunda-feira. Mas a oposição, que defendia a continuidade da greve, questionou o resultado e pediu a recontagem de votos, o que acabou não acontecendo.
Houve empurra-empurra e cadeiras chegaram a ser arremessadas contra a direção do sindicato, comandado por Helenir Aguiar Schürer. No ano passado, Helenir derrotou, por uma diferença de pouco mais de mil votos, a chapa de Rejane de Oliveira, que concorria ao terceiro mandato.
Os grupos e seus líderes
Situação
De perfil mais moderado, a presidente Helenir Aguiar Schürer é filiada ao PT e tem o apoio de diversas correntes da legenda. Membros da direção também têm vinculação com partidos como PDT e PTB. O grupo tem suporte das centrais Única dos Trabalhadores (CUT) e dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).
Oposição
Rejane de Oliveira, que comandou a entidade por seis anos, até 2014, é o principal nome de oposição no sindicato, junto com Neida de Oliveira, ex-vice-presidente. Mais radical, o grupo de oposição tem apoio das centrais CSP-Conlutas e Intersindical, que contam com militantes do PSTU e PSol. Em março, o grupo conseguiu aprovar a desfiliação do Cpers da CUT.
Veja os tumultos que marcaram a assembleia: