
O candidato do PMDB ao governo do Estado, José Ivo Sartori, foi entrevistado nesta terça-feira (23) no Gaúcha Atualidade. Sartori falou sobre as dificuldades financeiras do Estado e defendeu um controle “total” do caixa nos três primeiros meses de governo.
“Em primeiro lugar, vai ter três meses de emergência, controlar totalmente o caixa. É recuperar o caixa e lutar politicamente para diminuir as prestações e os juros (que incidem sobre a dívida junto à União). Os juros, hoje elevados, têm que ser reduzidos”, afirmou.
O projeto que tramita atualmente no Congresso prevê a redução dos juros sobre a dívida, porém não fala em diminuir o percentual que o Estado compromete da sua receita com o pagamento do débito. A candidata Marina Silva (que no RS apoia Sartori) se comprometeu com a promessa feita por Eduardo Campos, de trabalhar pela redução desse percentual.
Iniciativa privada
Questionado sobre o modelo de pedágios adotado no governo do PMDB, o candidato afirmou que, sem pesar o mérito da ação, é preciso reconhecer que o programa “abriu a porta para as concessões”. Ele afirmou que, diante das dificuldades financeiras enfrentadas pelo Rio Grande do Sul, não terá receito de promover concessões à iniciativa privada e consórcios regionais, inclusive em áreas diversas, como a saúde e a coleta de lixo.
“Não terei receio nem preconceito ideológico para assumir essa postura. Eu não terei receio, diante das dificuldades financeira do estado, de fazer parcerias público-privadas, concessões. E estou estudando a possibilidade de fazer também consórcios regionais, para determinadas atividades, que não apenas rodoviárias, mas em relação ao lixo, em relação a saúde. Pode ser em cima de outras atividades”, explicou.
Ouça entrevista com o candidato ao governo do RS José Ivo Sartori
