Hoje haverá uma sessão importante do Supremo Tribunal Federal.
Tenho certeza de que a partir de hoje serão surpreendentemente aceitos os embargos infringentes dos principais réus, que assim não conhecerão as grades da Penitenciária da Papuda.
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Se você, leitor ou leitora, acredita na justiça humana, mergulhe a partir disso no mais profundo ceticismo: não há salvação para a espécie humana.
Creia, isso sim, leitor, que há determinados réus e há outros réus.
Há réus passíveis de serem punidos e há réus imunes a qualquer punição.
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É doloroso, mas infelizmente esta é a verdade: a justiça não é para todos, a justiça é apenas para algumas pessoas.
Por exemplo, o publicitário Marcos Valério, que foi quem pagou de mão em mão dos corruptos a corrupção, este será aparentemente punido com o máximo rigor.
Mas tenho certeza de que o mesmo Marcos Valério, embora venha a conhecer inicialmente o amargo sabor das grades da prisão, ali adiante não será esquecido pela súcia criminosa e receberá unção física que o livrará finalmente das grades e o fará calar-se para sempre.
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Na minha previsão, o grande derrotado ao lado do próprio Brasil será o ministro Joaquim Barbosa.
Ele resistiu até o fim, será vencido no fim.
Foi bravo, esgrimiu contra tudo e contra todos e será abalroado pelo sistema nestes dias que começam hoje.
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Se eu tiver razão, tudo não passou de uma espetacular comédia. Deu-se a impressão de que conheceriam a pior pena (o recolhimento às grades) os réus mais importantes e cabeças da engrenagem.
Mas adviriam acontecimentos suavizadores das penas, entre eles a substituição, recentemente, de dois ministros do Supremo.
Se Joaquim Barbosa fosse extrassensível, teria percebido que uma conjunção final de fatores levaria à extrema-unção dos principais réus.
E Joaquim Barbosa apenas soçobrará como um mártir desse julgamento, alguém que acreditou na veracidade de seu ministério e apenas desconheceu que sempre, inevitavelmente nesse tipo de caso, prevalece a justiça falha e vulnerável do sistema.
É o meu vaticínio. E, se eu errar, não me faltará hombridade e humildade para reconhecer meu erro e pedir desculpas a meus leitores.
Mas hoje, neste instante, eu tenho o dever inarredável de seguir o meu controle sensorial sobre os últimos acontecimentos.