O governador Tarso Genro classifica a relação com o Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers) como o ponto mais complicado do seu governo. Tarso participou de uma avaliação do primeiro ano de seu mandato no programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, na manhã desta segunda-feira.
- Acho que o aspecto mais positivo (do governo) é que não deixamos de encaminhar nenhuma das questões que nos comprometemos a encaminhar no programa de governo. O mais delicado foi a relação com o Cpers, conturbada, não por nossa culpa. Redundou em um desgaste muito grande - afirmou Tarso.
Na opinião do governador, a posição de integrantes do sindicato leva a esta situação:
- A direção política do Cpers entende que não é positivo permitir a governabilidade. Eles fazem da luta sindical uma luta contra o capitalismo. O dissidio vira revolução contra o estado burguês, seja quem for que está no governo. Na estratégia, não está o diálogo, na verdade. A estratégia é desestabilizar o governo, o que leva a um desgaste brutal do sindicato.
O governador prometeu que anuncia em março o aumento salarial para os professores. Ele diz que pretende recompor as perdas causadas pela inflação e ofecer aumento real, sem mexer no plano de carreira da categoria.
- O genérico da proposta já está colocado. Agora, vamos sentar para discutir o projeto de lei que vai levar a essa correção - disse.
Em razão da oposição criticada por Tarso, a presidente do Cpers, Rejane de Oliveira, pode acabar expulsa do PT. O pedido oficial será apresentado nos próximos dias à comissão de ética do partido pelo presidente da sigla em Porto Alegre, vereador Adeli Sell.
Balanço do primeiro ano
Relação com o Cpers é o ponto mais delicado do governo, diz Tarso
Para petista, posição politica radical da direção do sindicato leva a situação de conflito permanente
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