Candidata à prefeitura de Porto Alegre pelo PT, Maria do Rosário disputará o segundo turno das eleições municipais com o atual prefeito, Sebastião Melo. Em entrevista à Rádio Gaúcha na manhã desta segunda-feira (7), ela projetou como será a próxima etapa da campanha eleitoral e ressaltou sua preocupação com o alto índice de abstenção, que foi de 31,5% (345.544 pessoas), o maior entre capitais no país.
— A democracia também é o voto, e é responsabilidade de todos nós que uma cidade tenha uma decisão tão forte de não ir às urnas. Cabe a nós, a mim e ao candidato oponente, trazermos as pessoas. Antes da disputa, eu acredito na democracia. Quero convidar aos que não foram às urnas e dizer que podem e devem confiar na política, que ela pode ser transformadora e muito melhor do que as pessoas às vezes apregoam — afirmou.
Sobre possíveis alianças no segundo turno, a petista acenou para eventual decisão de Juliana Brizola, dizendo respeitar o legado e história familiar da candidata do PDT:
— Certamente a decisão de Juliana será importantíssima para o próximo momento eleitoral. Quero somar o que nós conquistamos, o que Juliana conquistou, e aqueles que ficaram indecisos e não foram votar. Somar para multiplicar, porque a cidade optou pela mudança.
Maria do Rosário também apresentou algumas das propostas de governo que pretende colocar em prática se eleita;
— Com a gestão atual, observo perda de potência para a Região Metropolitana, demais cidades-polo e Brasil. Temos que alinhar o crescimento econômico da cidade ao do Brasil, porque o desenvolvimento econômico é que potencializa que tenhamos recursos para investirmos na educação e na saúde. Vou buscar recursos junto ao governo federal e no plano internacional. Na área da sustentabilidade, parques, praças, drenagens, saneamentos, enfrentamento aos efeitos da enchente, é possível trazer recursos a fundo perdido. Porto Alegre precisa se conectar ao Brasil e ao mundo. Vou tratar de um projeto de desenvolvimento — concluiu.