O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, faz campanha neste sábado (6), no Ceará. Em Fortaleza, onde participou de carreata, defendeu proposta na área de educação envolvendo Estados e para gerar empregos.
— Começaremos com um grande programa de construção civil, moradia popular, saneamento básico e retomada de 7,2 mil obras paradas. Eu vou chamar os Estados e vou financiar uma expansão geral do ensino técnico profissionalizante, em tempo integral — disse o candidato.
Ciro ainda defendeu que os eleitores votem neste domingo (7) sem ódio.
— O voto não é uma ferramenta de ódio, mas de construção — afirmou. — Temos 48 horas para, com a bênção de Deus, ajudar a chegar neste caminho.
No último dia de campanha, o pedetista participou de carreata em Fortaleza, capital do Ceará, que ele governou, e encerra as atividades em uma caminhada em seu reduto eleitoral, a cidade de Sobral, à tarde.
O candidato está confiante com a possibilidade de ir para o segundo turno das eleições.
— Vou chegar no segundo turno e vou unir a família brasileira — disse.
Em terceiro lugar (11%), segundo o Instituto Datafolha, Ciro aparece atrás de Jair Bolsonaro (PSL), que atingiu 35% das intenções de voto, e Fernando Haddad (PT), com 22%.
Críticas ao adversário
Ciro afirmou que Bolsonaro está usando a raiva que parte do eleitorado tem contra o PT para alimentar o ódio na população.
— Tenho a firmeza que você pensa que o Bolsonaro tem, mas tenho a humanidade que ele não tem — declarou em vídeo publicado em sua conta no Twitter.
Segundo o pedetista, com uma nação alimentada pelo ódio "não se construirá o pacto social que o Brasil tanto precisa".
— Sou um caminho novo, tenho uma sensibilidade social para cuidar de todos pois sou uma pessoa que cultiva os valores da democracia. Pratiquei a vida inteira esse valores humanos — acrescentou.
A fala do candidato vem na tentativa de conter a polarização entre os eleitores de extrema direita, que apoiam o ex-capitão, e os de esquerda, que são favoráveis ao PT. Caso ambos passem para o segundo turno depois da primeira etapa das eleições, o cenário será de extrema polarização.
— Chega de ódio. Tenho a firmeza e a sensibilidade social que o Brasil precisa para atravessar esse momento — ressaltou Ciro.