O candidato à Presidência da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin, participou na noite desta terça-feira (7) do evento GovTech, em São Paulo. O painel do qual Alckmin participou foi apresentado por Luciano Huck, que chegou a ser cotado como possível candidato à Presidência pelo PSDB, mas desistiu da ideia antes do início da pré-campanha.
No evento, Alckmin cometeu uma gafe, chamando a mulher de Luciano Huck, a apresentadora Angélica, de "Eliane", e foi corrigido pelo apresentador. Logo depois, o tucano mandou um beijo para Angélica.
Alckmin falou que o objetivo do plano do eventual governo dele é de usar a tecnologia para desburocratizar e destravar a economia. Assim como outros candidatos, comentou sobre a importância de uma identidade digital única.
— O Brasil tem essa cultura de cartório, de estabelecer regras, de custos, de carimbos. Precisamos inverter, facilitar a vida das pessoas, que podem fazer tudo de casa, pelo celular — afirmou.
O ex-governador de São Paulo disse também que o próximo presidente precisa liderar o trabalho de implementação da cultura digital no governo e na sociedade.
— O Brasil não cresce porque ficou caro. Precisamos de uma reforma de estado, essa reforma não existe sem um governo digital —, disse.
Alckmin disse que o governo não pode ser um problema na vida das pessoas. "Sou fã de concessões e PPPs. O Estado não precisa ser empresário, ser planejador e regulador, sem agência partidarizada", afirmou.
Suposta delação
Alckmin refutou rumores de que poderia ter sido citado em uma suposta delação do ex-secretário Laurence Casagrande e disse que a prisão de um ex-subordinado não deve atrapalhar a campanha tucana.
— Quero dizer primeiro que defendemos toda a investigação e que toda experiência que tivemos com Laurence Casagrande foi de uma pessoa correta. Quando assumi o governo, coloquei um procurador do Estado na secretaria de Logística e ele escolheu Casagrande. Não temos nada a temer — disse o ex-governador de São Paulo. Alckmin afirmou ainda que não foi citado em nenhuma delação.
Nesta terça-feira (7) rumores de que Laurence, que também foi presidente da Dersa, teria citado Alckmin em uma suposta delação circularam nas mesas de operação do mercado financeiro e ajudaram a bolsa a cair e o dólar a subir.
Questionado se não acha que teria sido aventado por operadores buscando lucrar com um boato, Alckmin disse que não poder fazer esse tipo de afirmação. "Mas que é estranho, é", limitou-se a comentar.