Política

NA DISPERSÃO
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Após confusão, arma é apreendida ao final de manifestação política em Caxias do Sul

Revólver .38 estava com policial militar da reserva que foi desarmado por popular

Pioneiro

Pedro Zanrosso / Agência RBS
Confusão ocorreu quando manifestantes estavam dispersando do entorno da Praça Dante Alighieri

Depois de cinco horas de manifestação pacífica, uma confusão foi registrada ao final do ato de apoiadores do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PL), na Praça Dante Alghieri, em Caxias do Sul. O motorista de um carro que passava pela Rua Sinimbu, em frente à Catedral Diocesana, se desentendeu com um dos organizadores do evento. Durante uma discussão, o condutor, um policial militar da reserva, apontou uma arma de fogo para o homem que estava a pé, junto ao veículo. Esse homem desferiu um soco no PM e o desarmou. Nesse momento, uma terceira pessoa que filmava a sequência de fatos, começou a ser agredida pelo mesmo manifestante que desarmou o PM e outros que estavam no entorno. Em seguida, ele se desvencilhou e saiu. 

O PM deixou o local de carro. A arma, um revólver calibre .38, foi entregue a Brigada Militar, que logo chegou na cena. 

O coronel Márcio José Rosa da Luz, comandante regional de Polícia Ostensiva da Serra, confirmou se tratar de um PM da reserva. Segundo ele, a arma é de uso particular do PM, que tem porte, e a participação dele no episódio não teria vinculação com a função que exercia na BM, portanto, em princípio, não haveria o que ele responder na esfera militar. 

— A arma foi recolhida e a ocorrência foi encaminhada para a DPPA (Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento) e ele já se apresentou na delegacia. Não temos informações quanto à motivação e nem sabemos o que exatamente aconteceu. Sabemos que houve uma desinteligência e na confusão ele teria sido desarmado pelas pessoas que estavam envolvidas na ocorrência — relatou o comandante, referindo que o PM deixou o local por questão de segurança. 

Os envolvidos compareceram à DPPA e relataram diferentes versões do ocorrido. De acordo com a delegada Carla Zanetti, o sargento da reserva se sentiu ameaçado após ter o seu carro chutado por manifestantes mais exaltados e alegou ter sacado a arma por legítima defesa. O motivo dos golpes ao veículo não foi esclarecido.

—Foi tudo muito rápido, então foi feito um registro e será esclarecido na investigação. Foi mais um mal entendido do que propriamente uma briga — descreveu a delegada que confirmou não haver boletins de ocorrência separados e que o caso foi tratado em um registro único.

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