Uma das comissões processantes que analisa irregularidades possivelmente cometidas na gestão do prefeito de Farroupilha, Claiton Gonçalves (PDT), aguarda para a tarde desta quarta-feira (22) uma resposta do chefe do executivo. Os vereadores apresentaram três alternativas a Claiton, após ele não comparecer à audiência marcada para segunda-feira (20). As opções são os dias 27, 28 e 29 deste mês. No último dia 16, ele também não foi ao encontro marcado. O prazo de Claiton é até às 17h desta quarta-feira.
Nesta semana, o prefeito embarcou para Brasília no mesmo dia em que a comissão o aguardava. Conforme o presidente da comissão, vereador Fabiano Piccoli (PSB), ele retorna apenas na sexta-feira (24) a Farroupilha, de acordo com comunicado enviado à Câmara. Na semana passada, foi apresentado um atestado odontológico do advogado dele, Antônio Augusto Mayer dos Santos, o que também impediu a presença do prefeito aos trabalhos da Casa.
— Se não responder, seguiremos o processo que é notificar ele (prefeito) para fazer as alegações finais, e ele terá cinco dias para apresentar — diz Piccoli.
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Se a comissão não concluir os atos em 90 dias a partir da intimação, que ocorreu em 26 de fevereiro, o processo é anulado automaticamente. Neste caso, a comissão analisa a abertura de crédito suplementar para a compra de quatro terrenos para a Secretaria da Saúde. A denúncia aponta que o valor aumentou de R$ 10 mil para R$ 890 mil. A compra também não teve autorização do poder Legislativo.
Procurado pela reportagem, o prefeito afirmou, por meio de sua assessoria, que questiona o fato da Câmara querer avançar o processo durante o momento de contágio por coronavírus no mundo.
— Não vou discutir o mérito, mas tentar arrancar um médico prefeito durante uma pandemia não me parece o ideal — disse.