Os vereadores de Bento Gonçalves Anderson Zanella (PSD), Gilmar Pessutto (PSDB), Idasir dos Santos (MDB), Volnei Chistofoli (PP) e Jocelito Toniello (PDT) protocolaram na sexta-feira (11), documento requerendo a cassação do mandato do vereador Moacir Camerini (PDT). Eles integraram a chamada Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Fake News que investigou o pedetista, e que foi encerrada no dia 2 de outubro. O relatório da CPI apontou que Camerini utilizou a estrutura da Câmara de Bento Gonçalves para criar e manter perfis falsos em redes sociais, com o objetivo de divulgar conteúdos, imagens, vídeos e comentários classificados como caluniosos, injuriosos e difamatórios.
No documento que pede a cassação de Camerini, os vereadores dizem que é o motivo é "por dever moral, ético e legal perante a sociedade bento-gonçalvense". Os vereadores apontam que Camerini infringiu o artigo 7º, inciso III do Decreto Lei 201/67, ao "proceder de modo incompatível com a dignidade da Câmara e faltar com o decoro na sua conduta pública". Segundo os autores, o pedetista também infringiu o Regimento Interno da Câmara (Artigo 22, S1º, Inciso VI) e a Lei Orgânica do Município (Artigo 25, Inciso III). Os parlamentares anexaram à denúncia o relatório produzido pela CPI das Fake News com mais de 500 páginas.
No entendimento de Zanella, a votação pelo acolhimento ou não da denúncia contra Camerini deve ser apreciada na sessão desta segunda-feira (14). Ele afirma que a CPI comprovou o mau uso da máquina pública.
_ As provas obtidas comprovaram o mau uso da máquina pública, bem como a disseminação das fake news de diversos colegas e autoridades do município.
Camerini alega que a divulgação do relatório da CPI descumpriu uma decisão judicial, e que o pedido de cassação não tem fundamento.
_ Os trabalhos foram suspensos pela juíza. Eles não dão importância à ordem judicial. É lamentável.