Os vereadores aprovaram na sessão desta terça-feira (14) a moção de contrariedade ao corte no orçamento da educação, que atinge o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS).
O documento destaca que a medida prejudica estudantes e compromete o ensino público e o seu acesso, que estão diretamente ligados ao desenvolvimento do Brasil. A moção será encaminhado aos institutos, às universidades federais do Estado, ao presidente da Assembleia Legislativa, ao governador, ao secretário estadual da Educação, à bancada gaúcha na Câmara e no Senado Federal, ao ministro da Educação, ao ministro-chefe da Casa Civil e ao presidente da República.
A votação foi acompanhada por estudantes da unidade do IFRS de Caxias do Sul, onde o bloqueio é de R$ 1 milhão do orçamento anual de R$ 3,6 milhões repassados pelo governo federal. O campus atende a 1,6 mil alunos. Na Serra, o IFRS tem campi também em Farroupilha, Veranópolis, Vacaria e Bento Gonçalves.
Na segunda-feira (13), a comunidade acadêmica do instituto realizou abraços coletivos simbólicos na reitoria e nos campi, com o objetivo de chamar a atenção para os impactos que o corte orçamentário anunciado pelo Ministério da Educação terá no funcionamento da instituição.
Em notas divulgadas desde o início do mês, o IFRS diz que a medida compromete atividades institucionais. Eventos programados e visitas técnicas já foram canceladas. A instituição estima que faltarão recursos para bolsas de alunos e fomento de ações de ensino, pesquisa e extensão. Contratos de serviços, como fornecimento de água, energia elétrica, segurança e limpeza, também podem ser comprometidos.
O orçamento para despesas de custeio e investimentos no instituto é de R$ 61,83 milhões e o corte foi de R$ 18,55 milhões.