
A eleição suplementar para a prefeitura de Bom Jesus, daqui a um mês, em 3 de junho, terá três candidatos, um a mais do que no pleito de 2016. Além da tradicional rivalidade entre PP e PMDB, a nova disputa contará com o PSB. A eleição fora de época se dá devido ao afastamento do prefeito eleito em 2016, Frederico Arcari Becker, o Lico, e de seu vice, Sérgio Francisco Varela, ambos do PP, por decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Desde então, o presidente da Câmara de Vereadores, Rafael Oliveira Silveira (PP), é o prefeito em exercício.
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A chapa de situação aposta em um candidato sem experiência. O advogado Diogo Grazziotin Dutra (PP), 38 anos, foi o escolhido. Dutra foi procurador-geral do município de 2016 até mês passado. O ex-vereador Valfredo Fonseca, do PSDB, é o candidato a vice. O presidente do PP, que também é o prefeito em exercício, prefere não se manifestar sobre a eleição.
O PMDB preferiu abrir mão da cabeça de chapa. A sigla substituiu Lucila Maggi Morais Cunha, candidata em 2016, pelo vereador do PDT Diogo Kramer Boeira, 31. O candidato a vice é o vereador peemedebista Rafael Santos Oliveira, o Garga, 31.
A presidente do PMDB, vereadora Michele Soares de Castilhos, explicou por que o partido abriu mão da cabeça de chapa. Segundo ela, a decisão demonstra diálogo e humildade.
– Podemos ajudar a administrar, contribuir com nossa cidade, e não por interesse de poder. Temos a chance de começar uma união duradoura e capaz de administrar Bom Jesus para o crescimento – comenta.
A terceira via é o candidato do PSB, Lucimar Vanin Rodrigues, 52. Seu candidato a vice é o vendedor Welerson Souza Ramos, 21. Essa é a primeira eleição dos dois socialistas.
Em 2016, Arcari Becker conquistou 3.959 votos e venceu Lucila, que obteve 3.193 votos.

TRE afastou o prefeito e o vice eleitos em 2016
Em março, o TRE decidiu por unanimidade pela cassação do mandato do prefeito eleito em 2016, Frederico Arcari Becker, o Lico, e seu vice, Sérgio Francisco Varela, pelo crime de compra de votos. A denúncia contra Lico, Varela e a coligação formada por PDT, PP, PRB, PT e PSDB apontou irregularidades na compra de 400 cestas básicas e a distribuição de 309 delas em ano eleitoral, na reposição da inflação de nove anos para os servidores e em contratações temporárias, quando havia concurso homologado. A denúncia sustenta que o conjunto de condutas caracteriza abuso de poder político e econômico. Arcari e Varela foram afastados em 6 de abril.