Sem mencionar a crise política pela qual o governo federal passa nem sua citação na Lava-Jato, o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira (PRB), palestrou aos empresários caxienses citando os avanços na economia nos últimos meses. Presidente licenciado do PRB, ele é suspeito de ter recebido R$ 7 milhões da Odebrecht.
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O saldo de 47,7 bilhões de dólares na balança comercial em 2016 e o superávit de 29 bilhões de dólares somente neste ano foram comemorados pelo ministro de Michel Temer durante a reunião-almoço da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias nesta sexta-feira.
– O resultado da balança comercial fala por si só. Nós, realmente, estamos avançando. O portal único do comércio exterior deu exemplo. Ele fez com que as empresas pudessem diminuir o seu prazo, o seu custo para as exportações. Nós vamos implementar importações até o final do ano que vem e isso vai trazer ganhos significativos para a balança, de pagamentos, mas também para a balança comercial.
Durante cerca de 50 minutos, Pereira discorreu ainda sobre o esforço do governo em reposicionar o Brasil no cenário internacional, com assinatura de acordos de cooperação e facilitação de investimentos, por exemplo. A realização do Fórum Econômico Mundial versão América Latina 2018, em São Paulo, em março, foi uma das conquistas citadas pelo ministro para reinserir o país no calendário internacional, uma determinação, aliás, do presidente Temer.
As reformas Trabalhista e da Previdência não ficaram de fora do discurso de Pereira. Ele falou da importância da aprovação para a retomada do crescimento do Brasil.
– As reformas que estamos fazendo são reformas importantes que já mostraram com o resultado do PIB deste primeiro trimestre que o Brasil realmente está de volta na rota do crescimento.
Por conta do atraso na agenda – o voo previsto para Caxias teve de ser desviado para Porto Alegre devido ao mau tempo –, o ministro não respondeu a perguntas dos empresários, como é costume em encontros da CIC. Na saída, questionado pela imprensa a respeito de sua citação na Lava-Jato, Pereira não quis comentar.
– Não vou falar sobre isso, meu advogados já falaram, a nota que eu soltei é a que está valendo – limitou-se a dizer.
Pereira visita à tarde as empresas Tramontina e Marcopolo. Ele retorna a Brasília no final da tarde. Esta é a segunda visita de um ministro a Caxias nesta semana. Na segunda-feira, o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, também esteve na CIC.