A sessão da Câmara de Vereadores de Caxias do Sul terminou mais cedo nesta quarta-feira, pouco depois das 17h30min. O motivo foi as vaias e gritos de protesto de centenas de servidores municipais, indignados com a rejeição ao regime de urgência para votação da Moção de Apoio 37/2015, proposta pela bancada do PT e que dá apoio à paralisação do funcionalismo, ocorrida durante todo o dia.
Leia também: "É uma provocação ao cidadão", diz prefeito Alceu sobre manifestação de servidores em Caxias
Os servidores, que se manifestavam em frente à prefeitura desde a manhã, rumaram para a Câmara às 16h40min, assim que terminou um encontro das lideranças do movimento com o secretariado municipal. O plenário ficou lotado, inclusive os corredores. Muitos portavam faixas pedindo respeito à categoria e equiparação salarial entre cargos.
A situação começou a ficar tensa ainda antes da votação do regime de urgência, quando o vereador Rodrigo Beltrão (PT) declarou que, quando não havia plateia, alguns colegas se posicionavam contra os servidores. Logo começaram os gritos de "falam mesmo!", seguidos de "Vota, vota, vota". Quando por fim foi votada, foi rejeitada por maioria de 15 a 6, desencadeando novos gritos, vaias e refrõres, como "Palhaçada", "Vergonha, Vergonha" e "Eu vou lembrar".
A mesa tentou colocar outros projetos em votação, mas novas vaias vieram, impossibilitando pronunciamentos. A sessão foi interrompida por alguns minutos, porém a tentativa de retomada igualmente não obteve sucesso.
Os servidores públicos municipais terão uma assembleia geral no dia 20, para debater novas propostas para a categoria, que reivindica, entre outras coisas, um plano de carreira para todos os servidores.
Protestos
Servidores municipais interrompem sessão na Câmara, em Caxias
Vaias devido à rejeição de regime de urgência para moção de apoio a paralisação levaram ao encerramento dos debates do dia
GZH faz parte do The Trust Project