Não espere inovações na gestão de Flávio Guido Cassina (PTB), 67 anos, no comando da Câmara de Vereadores em 2015. O petebista empossado no dia 2 de janeiro define sua marca como "feijão com arroz". Neste início de mandato ele não faz anúncios, apenas admite que manterá os programas existentes e segurará os custos.
- Não vou inventar nada, não sou de inventar a roda. À medida que vão acontecendo as coisas, a gente vai tomando as providências necessárias - diz o presidente, justificando que, devido ao número de funcionários e de vereadores em férias, ainda não tem condições de dizer muita coisa.
- Tem algumas demandas do ano passado, como conserto de telhado, vamos ter que fazer uma licitação - adianta.
Cassina não pretende criar programas, a exemplo da gestão passada, e diz que já vai ser um trabalho grande manter o que foi implantado.
- Tem bastante coisa aí, a gente vai tentar manter - resume.
O presidente diz que o Câmara Vai aos Bairros terá continuidade em 2015, mas ainda não há definição quanto ao número de edições e ao formato. Como gestor, Cassina pretende economizar "porque há uma crise institucionalizada". No dia 14, por decisão unânime da Mesa Diretora, foi decidido suspender a convocação de serviços extraordinários por 90 dias. As horas extras serão autorizadas somente em casos de extrema necessidade.
Mas, somente a partir de fevereiro, com o fim do recesso e a retomada das sessões ordinárias e demais atividades, será possível ter a dimensão do que mais pode ser reduzido ou implementado.
Quanto ao número de Cargos em Comissão (atualmente, existem 92 cargos e 79 preenchidos), diz que a Casa está bem suprida e atende à necessidade.
Cassina já havia declarado que não pretende concorrer novamente a vereador. Ele reforça que essa é a ideia, mas repetindo o chavão de que "a política é muito dinâmica", deixa a possibilidade em aberto:
- Pela vontade de hoje, não concorreria, mas às vezes surge alguma coisa que não tem como a gente ficar fora.
A eleição de Cassina seguiu acordo firmado no início desta legislatura, quando foram definidos os partidos da base governista, com ampla maioria na Casa, que ocupariam a função (2013, PMDB; 2014, PDT; 2015, PTB; e 2016, PSB). O orçamento do Legislativo para este ano é de R$ 30,630 milhões.
Política
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Flávio Cassina comanda o Legislativo em 2015
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