A professora aposentada Maria Clélia Borges de Abreu, lotada na Secretaria Municipal de Educação (Smed) como diretora-geral, mas que atuava no Orçamento Comunitário (OC), defendeu-se da denúncia publicada pelo Pioneiro de que usava o horário de expediente para exercer outra atividade.
Maria Clélia, detentora de um CC8, com salário de R$ 8.986,83/mês, foi exonerada segunda-feira pelo prefeito Alceu Barbosa Velho (PDT). Na reportagem, foi mostrada gravação telefônica em que ela marca consulta com a repórter para fazer o trabalho de cartomante.
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Maria Clélia apresentou ao jornal atestados, consultas, exames e requisições médicas para justificar as ausências nas 12 vezes que o Pioneiro tentou localizá-la no OC. Ela diz que faz quimioterapia desde 2011, devido a um câncer. No dia 2 de dezembro, fez uma cirurgia de recuperação de mama.
Sobre o OC nunca haver informado que ela estaria fora devido a problema de saúde, afirmou que só se afastou para fazer a cirurgia e que, cada vez que ia ao médico, pedia atestado. Maria Clélia diz ainda que no OC o trabalho é externo, por isso não era localizada no horário das 8h às 18h.
- Nós temos que cumprir um horário de trabalho e no outro nós vamos para os bairros. Nós temos horário a cumprir e a gente é convocado fora de horário também.