O quadro eleitoral que vem sendo pintado em Caxias do Sul é um bom retrato da salada partidária que será servida ao eleitor neste ano. Angariar tempo de propaganda eleitoral gratuita e vagas na distribuição de cargos têm peso maior na hora da composição das chapas, em detrimento da ideologia. As eleições 2012, em consequência, serão uma espécie de vale-tudo, com casamentos até há pouco impensáveis.
Para o cientista político e professor da UCS João Ignacio Pires Lucas, a ideologia tem vários níveis. Quem é militante tem a utopia, mas as coligações são necessárias para chegar ao poder.
- O problema é a dimensão que o pragmático tomou, com muito mais peso. A governabilidade engoliu as forças políticas - analisa.
Segundo ele, isso resulta no chamado presidencialismo de coalização, com quase todo os partidos no governo. Por isso, nas eleições, os discursos tendem a ser mais genéricos e com propostas muito semelhantes.
- Tu não pode mais distinguir o partido nem pela ideologia nem pelo programa, que não é cumprido depois da eleição. Nesse caso, talvez a biografia seja um elemento mais seguro - aponta o cientista político e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Eduardo Corsetti.
Leia a reportagem completa no Pioneiro desta terça-feira.
Eleições 2012
Coligações em Caxias do Sul evidenciam fragilidade das ideologias partidárias
Angariar tempo de propaganda eleitoral gratuita e vagas na distribuição de cargos têm peso maior na hora da composição das chapas
GZH faz parte do The Trust Project