Policiais da Brigada Militar (BM) e da Polícia Civil, além de agentes da Susepe, realizaram uma revista geral na Penitenciária Estadual de Caxias do Sul, na localidade do Apanhador nesta quinta-feira (16). A operação começou 5h45min e, seguiu até 11h30min.
A ação integra a força-tarefa das forças de segurança para combater o aumento de assassinatos na cidade e na região em 2023. As equipes realizam inspeções em todas as celas em busca de celulares, armas brancas, drogas e outros objetos ilícitos. A suspeita é que ao menos parte das mortes podem ter relação com apenados que estão no Apanhador.
— Essa é uma das linhas de investigação em alguns casos e como alguns mortos têm vinculação com organizações criminosas e conhecemos como elas funcionam, acreditamos que algumas ordens podem ter partido de dentro do presídio. Quando há um aumento de homicídios, em primeiro lugar investimos no policiamento ostensivo e na saturação da área onde os crimes ocorrem. Depois, se não cedem, se parte para ações estruturais nos presídios, mas o ostensivo permanece — explica o delegado regional de Caxias do Sul, Augusto Cavalheiro Neto.
A ação fez parte da Operação Cratos II, que busca combater a criminalidade nas principais cidades do Estado. De acordo com a equipe da 7ª Delegacia Penitenciária Regional da Susepe, remoções de presos para a Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc) e outras unidades prisionais do Estados também foram feitas, por término de permanência na casa ou motivo disciplinar.
Ainda conforme a equipe da Susepe, toda unidade prisional foi revistada. As autoridades apreenderam carregadores, telefones, chips, armas brancas artesanais e bebidas fermentadas.
Ao todo, 45 policiais civis, 94 policiais militares e 142 policiais penais participam da ação. Desde 1º de janeiro já foram registrados 21 crimes em Caxias do Sul, contra seis no mesmo período de 2022, um aumento de 250% nos casos.