O velório da mulher assassinada a golpes de machado pelo companheiro em Caxias do Sul é realizado na sala B das Capelas São Francisco. Juliana Denise Ferreira, 39 anos, será sepultada às 15h deste sábado (7), no Cemitério Público Municipal da cidade.
O corpo do companheiro dela, João Batista Silva de Souza, 58, que cometeu suicídio depois do crime, é velado na Capela B do Crematório de Osório. O sepultamento está programado para às 14h, no Cemitério Nossa Senhora da Conceição, também no município do Litoral Norte.
O casal estava junto há cerca de oito meses e, segundo vizinhos e amigos, ainda estava mobiliando a casa onde os dois foram encontrados mortos na manhã de sexta-feira (7). A residência fica na Rua Tucano, no bairro Cruzeiro.
O crime ocorreu por volta das 5h, quando Souza golpeou Juliana com um machado. Depois ele teria escrito ao menos 14 bilhetes para se despedir de amigos e familiares antes de tirar a própria vida, segundo a Polícia Civil.
Um vizinho do casal entrou na casa, ao ver a moradia aberta, e encontrou Juliana morta no quarto com um ferimento na cabeça. A arma do crime estava no local. O corpo do homem foi localizado na sala.
Ainda conforme relatos de amigos, Souza era taxista e trabalhava em um ponto de táxi no bairro Kayser. Ele atuava na função há mais de 30 anos, mas apenas recentemente conseguiu a permissão como proprietário, sendo que antes era auxiliar. Ele morava há mais de 20 anos no bairro Cruzeiro.
Inicialmente, a Polícia Civil informou que Juliana estaria grávida, mas isso foi descartado pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP). Conforme o coordenador do IGP em Caxias do Sul, Airton Kraemer, também não existe a possibilidade de a vítima ter estado em gestação recentemente, pois, conforme o laudo, ela teria passado por procedimento de laqueadura. Ainda segundo Kraemer, o equívoco pode ter sido gerado porque ela "apresentava barriga proeminente, no baixo ventre, semelhante ao estado gestacional".
A morte de Juliana é investigada como feminicídio e está a cargo com a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam). A reportagem tentou contato com a família da vítima, que optou por não falar sobre o assunto neste momento.