A Polícia Civil segue em busca do homem suspeito de matar a companheira e depois um comerciante em Lagoa Vermelha na quinta-feira (13). De acordo com a investigação, o segundo crime aconteceu quando o investigado buscava um carro para fugir da cidade. O homem é considerado foragido, mas não tem a identidade divulgada em razão da legislação sobre abuso de autoridade. Ele está em posse de um Celta vermelho, que é do comerciante assassinado.
O feminicídio seguido de latrocínio foram descobertos nesta quinta-feira (13), mas o estado do corpo da mulher indica que ela foi assassinada há mais tempo. Jucilene Fátima França, 41 anos, foi encontrada amarrada em uma cama da casa do suspeito. Ela tinha ferimentos por golpes de faca no abdome e na cabeça.
— Não sabemos precisar a data, mas podemos presumir que já tinha passado alguns dias. Não sabemos o motivo. Eles tinham um relacionamento recente. Inicialmente, ela trabalhava para ele e depois se envolveram. Não era uma relação duradoura ou pública, pelo que os familiares relataram. Eles não moravam na mesma casa, mas constantemente estavam juntos — comenta o delegado José Marcos Falcão de Melo.
A Polícia Civil teve acesso a mensagens que o suspeito enviou para a filha de Jucilene após os crimes.
— Ele informava que tinha matado a mãe dela e outra pessoa inocente para conseguir um carro para fuga. Logo, fizemos a ligação com o latrocínio do comerciante.
O minimercado ficava na mesma quadra da casa, no bairro Alto Pedregal. O comerciante Delvo Zanini, 68, foi encontrado morto às 8h15min por um fornecedor do estabelecimento. Ele estava no banheiro e tinha um ferimento por arma branca no peito.
— Conseguimos câmeras, mas as imagens são muito ruins, pois existia muita neblina na cidade. O horário também dificulta de encontrarmos testemunhas. Os indícios recaem sobre estes suspeito. Por isso, queremos ouvir a versão dele. Ele é considerado foragido — afirma o delegado Melo.
Segundo a Polícia Civil, o suspeito não possuía antecedentes criminais. Em sua ficha policial constam apenas delitos de menor potencial ofensivo, como invasão de domicílio e dano ao patrimônio.
Com estes dois assassinatos, Lagoa Vermelha contabiliza cinco mortes em 2021. Segundo o delegado Melo, os outros três casos são homicídios ligados ao tráfico de drogas. O último feminicídio na cidade ocorreu em novembro de 2020. O ano passado não registrou nenhum latrocínio. O número de assassinatos é menor na comparação com o mesmo período do ano passado, quando Lagoa Vermelha já tinha oito mortes.