Uma operação da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) desencadeada na manhã desta segunda-feira (6) na Penitenciária Estadual de Bento Gonçalves pretende apreender aparelhos celulares, eletrônicos e materiais cortantes das celas que serão revistadas pelas equipes.
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Intitulada como "Operação Pente Fino", esta é a primeira revista interna desde a entrega do presídio. O trabalho conta com a participação de 72 agentes, entre eles policiais do Grupo de Ações Especiais da Susepe (Gaes), do próprio presídio e da 7º Delegacia Penitenciária Regional.
Em entrevista à Gaúcha Serra, o superintendente da Susepe, César da Veiga, ressalta que a revista é de rotina:
— A revista pretende prevenir e manter a ordem e a disciplina no interior da penitenciária. Foram diversas diversas tentativas de arremessos, seis até o momento, de materiais ilícitos para dentro do presídio, mas todos foram interceptados. Temos um efetivo funcional e a parte de engenharia bem adequado para evitar a entrada de materiais na penitenciária —afirma Veiga.
Ele ressalta ainda que está em fase de licitação a aquisição de bloqueadores de celulares na nova cadeia.
— A nossa previsão é que neste ano ainda entre em funcionamento, mas está em processo licitatório.
Sobre a influencia de facções criminosas dentro do presídio, Veiga aponta que ações como a revista são justamente para evitar que os presos se organizem dentro da cadeia.
— Esse método que implantamos é para manter a disciplina, para que todo o preso que levante a bandeira de facção criminosa seja identificado e passe pelas medidas disciplinares.
Ouça a entrevista:
Inaugurada em 3 de outubro, a cadeia é considerada uma das mais modernas do Estado, com uso de uniformes, sem a entrada de artigos de higiene para evitar que outros materiais entrem no presídio, comando de abertura de celas à distância e monitoramento diferenciado. Apesar da nova penitenciária estar localizada no interior do município, o que dificultaria o acesso aos presos, até o momento já foram realizadas seis apreensões de materiais que seriam lançados para o pátio da penitenciária.
Com 420 vagas, a nova penitenciária foi construída em uma área de 5,6 mil metros quadrados, na Linha Palmeiro, no interior do município. A estrutura foi erguida em monoblocos de concreto de alta resistência, adotando a mesma técnica usada na construção da Penitenciária Estadual de Porto Alegre (PPOA), na de Canoas e na nova penitenciária de Sapucaia do Sul. Atualmente, 391 presos cumprem pena na nova penitenciária.