Além de demonstrar que a execução do professor Vinícius Ferreira da Silva Gatelli, 25 anos, foi encomendada, a Polícia Civil aponta que o trio de executores planejava matar uma testemunha do assassinato. O alvo seria uma pessoa de relação próxima aos suspeitos que viu eles saírem armados em um Picasso, que foi apreendido posteriormente, na noite do crime.
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Os executores do crime, conforme o inquérito policial, foram Leandro Laurindo Martins, 29, conhecido como Pato, Jonatan Gonçalves da Rosa, 31, o Nino, e Rafael da Silva Manica, 24, o Alemãozinho. Os três já possuíam ficha policial e permanecem recolhidos em prisão preventiva. Eles teriam recebido R$ 4,5 mil de Maicon Canali, 35, que possuía uma "desavença pessoal grave" com a vítima. O suposto mandante não possui antecedentes e responde ao processo em liberdade.
— O Maicon (Canali) tem relações com a família do Leandro (Martins). Foi o Leandro quem fez contato com os outros (dois) e organizou o crime. Os quatro negaram a participação, mas o Maicon admite esta relação e a desavença com o professor — afirma o delegado Rodrigo Kegler Duarte, da Homicídios.
Relembre o crime
O homicídio aconteceu no dia 3 de maio, quando Gatelli deixou um posto de gasolina e, 50 minutos depois, foi encontrado morto embaixo da Ponte Seca, no Loteamento Mattioda. O professor da rede estadual de ensino foi assassinado a tiros.
Segundo a família, Gatelli saiu de casa para encontrar com amigos naquela noite. Ele iria a um jantar de despedida porque o contrato dele na Escola Estadual Sílvio Dal Zotto, no bairro Santa Catarina, não seria renovado.
O professor carregava uma carteira de couro com R$ 1.571,85 em dinheiro, uma nota de US$ 1, um chaveiro e a nota fiscal de uma padaria. Como os objetos não foram levados pelos assassinos, desde o início foi afastada a hipótese de um latrocínio (roubo com morte). O celular da vítima, contudo, não foi encontrado.