Quatro policiais estão mobilizados para esclarecer a sequência de homicídios em Vale Real. Após seis anos sem homicídios, o município contabilizou três mortes em menos de um mês. O caso mais recente foi a execução de um mecânico e seu enteado no bairro Vila Nova. Em maio, um jovem já havia sido morto em uma parada de ônibus.
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O reforço foi escolhido da região de Montenegro para auxiliar o delegado Paulo Gilberto Baladão, que é titular em Feliz, e o único policial civil de Vale Real, o inspetor Janderlen Pereira. A força-tarefa já ouviu 26 depoimentos de pessoas relacionadas aos dois crimes. Para esta tarde, serão ouvidas mais cinco pessoas.
— Nunca aconteceu este tipo de crime, é o típico de cidade grande. Estamos tratando como prioridade e buscando avançar na investigação — ressalta o inspetor Janderlen Pereira, que trabalha há três anos.
Para moradores e forças policiais, não há dúvida que as duas execuções estão relacionadas a "invasão" de traficantes vinculados a uma facção da Região Metropolitana. De acordo com a Polícia Civil, os primeiros sinais desta movimentação criminosa foram vistos há pouco menos de um ano, quando pichações começaram a aparecer pela cidade. Aos poucos, se espalharam os rumores desta "infiltração". Apesar do temor que tomou conta da cidade da cidade, os números de ocorrências relacionados às drogas não teria aumentado, segundo a Polícia Civil.
Quem tiver informações sobre os homicídios e o tráfico de drogas em Vale Real pode denunciar à Polícia Civil pelo aplicativo Whatsapp, no número (51) 9 8401-2162. Não é preciso se identificar.
As execuções:
:: O primeiro assassinato aconteceu no dia 12 de maio, quando Alefe Freitas Modesto, 25 anos, foi morto a tiros em uma parada de ônibus em frente a um bar. Na ocasião, também foi baleado Evandro Junior Zimmermann, 23, que segue internado no Hospital Pompéia, em Caxias do Sul, mas já está no quarto e não corre risco de morte.
:: Na madrugada da última sexta-feira (7), dois homens encapuzados invadiram uma residência do bairro Vila Nova e renderam a família de moradores. Andrio Vinicius Silveira da Silva, 38, e seu enteado Matheus de Freitas, 20, foram alvejados e morreram. A mãe, a irmã e a namorada de Matheus também foram feridas no ataque.