Previsto para acontecer nesta terça-feira (4), o júri sobre o assassinato de Leandro de Oliveira Mendes, 28 anos, foi adiado em Caxias do Sul. Antes do plenário, o defensor público alegou colidência de defesa, que é quando um advogado representa réus que têm teses contraditórias. Desta forma, um novo defensor público será designado para representar o segundo réu. O Tribunal do Júri será remarcado, provavelmente para julho, conforme a pauta da 1ª Vara Criminal.
Os réus Vidal Alves de Moraes, 24, e Cleiton Pedro Ravadelli, 20, seguem recolhidos preventivamente nos presídios de Caxias do Sul. Eles foram presos pela Brigada Militar (BM) minutos após o homicídio que, segundo a denúncia do Ministério Público, foi motivado por uma briga em festa.
A desavença aconteceu em uma boate da Rua Andrade Neves, no Centro, na madrugada de 11 de junho de 2017. Conforme testemunhas, Moraes teria agredido Mendes sem motivo aparente. Após a confusão, a vítima teria sido convencido pela namorada a ir para casa.
Ainda conforme a denúncia, Moraes e Ravadelli teriam perseguido o casal até a Rua da Esperança, no bairro Cânyon. Por volta das 8h, a dupla foi até o apartamento, onde foram atendidos pelo pai de Mendes. O homem acreditou que se tratavam de amigos do filho e o acordou. Quando Mendes se aproximou, foi alvejado e morreu no local. O pai também foi ferido de raspão por um dos tiros.
Os atiradores fugiram em uma motocicleta. A dupla foi presa pela BM após perseguição pela Avenida Bruno Segalla (Perimetral Sul). Eles portavam revólveres de calibre .38 e .22.Moraes e Ravadelli são acusados de homicídio qualificado por motivo fútil e meio que dificultou a defesa da vítima, além de porte ilegal de arma de fogo.
Durante o processo, os réus optaram por permanecer em silêncio. A pena prevista para homicídio qualificado é reclusão de doze a trinta anos.