A Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne) não deverá alterar os protocolos vigentes na Serra após a emissão de Alerta pela segunda semana consecutiva para todas as 21 regiões Covid do Sistema 3As de Monitoramento. Conforme o comitê técnico da Amesne, após 30 dias da chegada da nova variante, percebe-se uma taxa de hospitalização menor, uma redução no tempo de internação dos pacientes, além de uma estabilidade no número de óbitos em relação a dezembro de 2021 e, por isso, não haverá mudança no plano de enfrentamento.
A coordenadora do comitê Coronavírus, Marijane Paese, explica que uma atualização já foi feita na semana passada e que, devido a isso, não serão feitas novas alterações.
– É uma decisão do comitê técnico, nosso plano de ação contempla várias ações de controle. (Mas) municípios têm autonomia para restringir – informa Marijane.
A avaliação da região da Serra, divulgada na segunda-feira, último dia do mês de janeiro, destaca também que 85% das internações em Unidade de Tratamento Intensiva (UTI) não passaram pelos leitos de Enfermaria, dado que, segundo a Amesne, justifica não se tratar de agravamento de hospitalizações em leitos clínicos. Além disso, 85% das internações em UTI são de pacientes com comorbidades, como doenças cardiovascular (48%), diabetes (36%) e obesidade (18%).
AVALIAÇÃO
O relatório aponta também que a soma de contaminados a cada sete dias também caiu. Enquanto na semana de 20 a 26 de janeiro foram 17.114 novos casos, a de 27 de janeiro a 2 de fevereiro foi para 11.432 casos.
– O alerta é inadequado, as características desta variante são diferentes e já tem 30 dias para avaliarmos o impacto hospitalar. No último Alerta, em julho de 2021, tínhamos 246 leitos ocupados por covid na Serra, hoje tem 50. Todos os municípios estão com foco nas ações e cuidados com a saúde, testando, abrindo unidades de atendimento, não podemos mais penalizar as atividades econômicas, é preciso ter equilíbrio senão faltará dinheiro para a Saúde – defende Marijane.
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Amesne não deve alterar protocolos
Associação entende que redução no tempo de internação dos pacientes e estabilidade no número de óbitos justificam manutenção do mesmo plano de enfrentamento
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