
Esta quinta-feira (12) é o último dia de propaganda eleitoral gratuita em rádio e TV no primeiro turno da eleição municipal, que ocorre domingo (15). Em cidades em que a decisão para a prefeitura se dará no segundo turno, que é a tendência em Caxias do Sul, a nova rodada será de 20 a 27 de novembro.
Dos 11 candidatos a prefeito de Caxias, dois tiveram problemas no início da veiculação dos programas, começando depois do dia 9 de outubro, Antonio Feldmann (Podemos) e Renato Nunes (PL). Apenas um sofreu punição da Justiça Eleitoral: Marcelo Slaviero (Novo), que devido a uma propaganda de conteúdo considerado difamatório, em que fala de corrupção, perdeu seu espaço para Pepe Vargas (PT). Slaviero criou uma fórmula para citar rapidamente várias propostas: "Qual é o plano?". Ao final, é dito que o programa não usa recursos do Fundo Eleitoral. Investe em redução de impostos sobre serviços e desburocratizar.
Nelson D’Arrigo (Patriota) procurou se firmar na linha do não político, bombardeou adversários, mesmo sem citar nomes. Também propagandeou não usar dinheiro público na campanha e que não é carreirista político. Renato Nunes e a vice Priscila Vilasboa (ambos do PL) sempre se apresentam juntos, falando em forma de jogral. Ele não falou da trajetória política aliada a dois governos (de José Ivo Sartori e Daniel Guerra), rejeitou eleitores de esquerda e colocou-se como alternativa de direita. Renato Toigo (PSL) defendeu que o prefeito de Caxias seja alguém que nasceu na cidade, more na cidade e que permaneça se perder a eleição. Todos têm o mesmo formato de programa.
Antonio Feldmann (Podemos) apareceu em locais ligados ao assunto que aborda. Seguiu a linha de não fazer ataques e disse estar preparado. Os programas de Júlio Freitas (Republicanos) vieram alicerçados no Governo Daniel Guerra. Foi o ex-prefeito e não o candidato quem surgiu na estreia. Os programas enfatizaram as realizações, a continuidade e atacaram adversários de partidos que participaram do impeachment.
Mais tempo, mais diversificados
Adiló Didomenico (PSDB), Carlos Búrigo (MDB), Edson Néspolo (PDT), Vinicius Ribeiro (DEM) e Pepe Vargas (PT) são os que mais diversificaram os programas, com imagens externas. São os que têm mais tempo. E também recursos (exceto Vinicius). Adiló tem como parceiro o deputado estadual Neri, O Carteiro (Solidariedade) e tem se caracterizado em mostrar propostas viárias in loco. O programa usa animações para fazer a ligação do candidato com temas abordados.
Búrigo, que tem o ex-governador José Ivo Sartori (MDB) como cabo eleitoral, centrou a propaganda falando em sua experiência nos governos em que atuou e capacidade de gestão. Pepe, o único ex-prefeito concorrendo, se refere às suas gestões no Executivo municipal e ao índice de aprovação obtido, mesclando com propostas para o futuro e contatos em bairros.
Néspolo, candidato em 2016, utiliza a experiência obtida na presidência da Festa da Uva e na Gramadotur em defesa do turismo como forma de alavancar a economia. Também apresenta manifestações que demonstram alegria e referentes à família. Vinicius é voltado a uma cidade planejada, defendendo a convivência das pessoas de todas as idades nos espaços públicos e menos burocracia do poder público.
Em geral, os 11 se manifestam em função de ações necessárias devido à pandemia e abordam temas como: saúde, máquina pública, segurança, educação infantil, geração de empregos e Maesa. Alguns são mais voltados para propostas e outros para questões políticas. São muitas as promessas.




