Cloris e Aline nos contam como é conviver entre Papais Noéis no Crônicas de Natal desta sexta-feira.
Eles estão lá. Barbas brancas como algodão, com suas roupas vermelhas, os sorrisos e os olhares mais suaves do mundo. São aconchegantes e parecem querer contar muitas histórias para nos confortar. Não é oficial esse nome, mas por causa deles, todos em Nova Prata chamam a grande e antiga residência de madeira das famílias Cherubini e Lenzi de a Casa do Papai Noel.
Ouça o áudio da carta:
São centenas de bonecos com enfeites como renas e anjos, mas apenas 200 estão expostos pelos cantos da moradia, quantidade suficiente para chamar a atenção. Vieram de várias partes do mundo para encantar e embelezar. Tem o Bom Velhinho do Brasil, da Rússia, da Espanha, do México, da Argentina, do Paraguai, da Bolívia e da Suíça. Muitos deles também foram fabricados pela colecionadora. São de vários tamanhos, cores e formas.
O personagem remete à infância da matriarca Nerry Cherubini Lenzi e passa pela geração das filhas, netos e bisnetos. Quando lembra do Natal, Nerry diz que é impossível esquecer o pinheiro verde enfeitado com bolas coloridas, velas e barba de pau. Era uma árvore de verdade. O mais importante para as crianças era a chegada do Papai Noel no caminhão vermelho, mais conhecido como “bombeiro”, do saudoso Marne Lenzi, que nos deixou em 2013. O seu Marne era incrível. Passava o ano consertando as mangueiras com as luzes e pisca-piscas. Ninguém esquece da manjedoura que recebia na madrugada o Menino Jesus. Era o tempo em que participava-se da Missa do Galo à meia-noite na Igreja Matriz. Depois, a família saboreava a ceia acompanhada da canção Noite Feliz.
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Lá pelos anos 1990, iniciou-se a coleção de Papais Noéis por uma das filhas de Nerry, a Naira. E a Naira diz que esse é o presente que ela adora ganhar em qualquer data. No mês de novembro, os Papais Noéis são os personagens principais, pois eles estão ali também para ornamentar a parte interna e externa da casa.
Para Naira, os bonecos têm um significado muito lindo, mas depois que o pai dela morreu, eles ficaram guardados durante seis longos anos. Nesse ano, saíram das caixas a pedido da Nerry. Muitos deles passearam por algumas exposições em Nova Prata em tempos passados. Hoje, podem ser vistos da rua, na sacada da moradia
A ideia é mostrar que a casa é o templo onde se cultua ao longo do ano o amor, a união, a fé e a esperança. Mas acima de tudo, onde reina a paz e todos os valores que nos fazem crescer e sempre viver o espirito natalino.
Cloris Aparecida Lenzi da Fonseca e Aline da Fonseca
*Crônicas de Natal é um projeto assinado por Adriano Duarte, Andressa Paulino, Juliana Rech, Luan Zuchi e Manuela Balzan.
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