A semana que se inicia promete uma nova investida de políticos da oposição contra o governo municipal. Nesta terça-feira (3), os vereadores devem votar pelo acolhimento ou não do sexto pedido de impeachment do prefeito de Caxias do Sul Daniel Guerra (PRB). A novidade é a possibilidade de abertura da uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar contratos de empresas terceirizadas que atuam na área da saúde. Os dois movimentos são tentativas de enfraquecer o Governo Guerra.
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A denúncia aponta como irregularidade a realização de uma obra em um terreno particular, que correspondente a uma parte do novo estacionamento do Aeroporto Regional Hugo Cantergiani.
Protocolado na última quinta-feira (29) pelo ex-subprefeito de Vila Oliva, Jefferson Côrtes Torres, o novo pedido de impeachment é apontado como “juridicamente frágil” por fontes consultadas pelo Mirante, mas alertam que diante dos últimas polêmicas do governo a decisão pode ser predominantemente política.
Quanto à CPI, o vereador Elói Frizzo (PSB), busca reunir no mínimo 12 assinaturas para protocolar o requerimento e dar início as investigações. Ele disse ontem que vai aguardar os desdobramentos do pedido de impeachment para dar andamento a CPI, mas está otimista com o apoio.
A nova denúncia não preocupa Guerra, tanto que manteve sua agenda fora da cidade. O prefeito participa III Congresso Internacional de Desempenho do Setor Público, em Florianópolis, de 2 a 4 de setembro. Na semana passada, participou de evento, em Natal. Ele retorna a Caxias na sexta (6).
:: Na sessão de terça-feira da semana passada, Frizzo alertou que a decisão do prefeito Daniel Guerra de deixar a Região Uva e Vinho e ingressar na Região das Hortênsias pode caracterizar crime de responsabilidade, uma vez que o município derrubou a liminar, mas o mérito da ação protocolada pelo PDT ainda não foi julgado. Caso a decisão da Justiça seja contra o município, um novo pedido de impeachment estará no caminho de Guerra.
– Se o mérito for julgado e mantida a opinião do Dr. João Pedro Cavalli Júnior, titular da 2ª Vara Cível da Fazenda, para mim vai ficar caracterizado o crime de responsabilidade. A responsabilidade passa a ser da Câmara.
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