O bailarino caxiense Dinis Zanotto, 27 anos, tem conquistado espaço a nível nacional. Radicado há seis anos no Rio de Janeiro, ele coleciona trabalhos que envolvem a dança em diferentes plataformas, seja no meio acadêmico (está cursando mestrado na UFRJ) ou no entretenimento (participa de várias atrações em televisão, cinema e espetáculos). O Carnaval do Rio, que movimenta muitas cadeias artísticas por lá, também tem sido palco para Zanotto mostrar seu talento. Neste ano, o caxiense integrou a comissão de frente da escola Viradouro. O desfile foi realizado na noite do domingo.
— Nós estamos ensaiando desde outubro, pelo menos três vezes por semana. Nesse tipo de trabalho, pela complexidade, sigilo e tamanho do elenco, os diretores optam por ensaiar de madrugada, o que torna tudo um pouco mais cansativo e especial também. Todos esses cinco meses de dedicação culminaram numa noite muito emocionante na Avenida — conta ele.
O caxiense trabalha em comissões de frente desde 2013, mas conta que este ano foi mais especial porque foi convidado pelos coreógrafos Alex Neoral e Marcio Jahú a interpretar um dos papéis principais na Viradouro.
A vovó
Zanotto interpretou a avó, depois transformada em bruxa, que junto do neto conduzia a história contada pela escola. O enredo, batizado de "ViraViradouro", falava de seres encantados. Para viver a personagem, o caxiense passou por vários testes com próteses de maquiagem. Na preparação, foram seis horas de caracterização com a maquiadora Christina Gall e uma equipe internacional. Conforme Zanotto, foi a primeira vez que esse tipo de maquiagem foi usada no Carnaval.
— Somos um elenco de 40 bailarinos em subgrupos e eu interagia com todos eles. Isso dava uma super responsabilidade, mas era também algo muito divertido, muito emocionante — relata.
Para Zanotto, o intenso trabalho em conduzir 40 minutos de desfile é recompensado de muitas formas:
— Entrar na Avenida com aquelas milhares de pessoas assistindo é algo único e inexplicável. Saber que estou sendo visto no mundo todo também arrepia. E dançar ao som ao vivo de uma bateria de escola de samba a céu aberto e com toda aquela energia compensa todo o esforço.
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