De acordo com o Departamento Estadual da Criança e Adolescente (Deca), com sede em Porto Alegre, casos como o de Naiara Soares Gomes, 7 anos, desaparecida em Caxias do Sul, desde a última sexta-feira, são raros no Estado.
A delegada Adriana Costa, diretora do Deca, disse que o desaparecimento de crianças pequenas não é comum no Rio Grande do Sul. Ainda mais da forma como ocorreu com a menina, que, em princípio, não envolve disputa de guarda ou fuga. Segundo a delegada, são mais recorrentes sumiços de adolescentes.
– Nosso dia a dia é adolescente desaparecido. Não tem tanta criança. Quando temos, são pré-adolescentes, de 11 ou 12 anos, que, em geral, tem alguma ligação com tráfico ou relação com fuga. Esse (da Nayara) não é o perfil dos casos que chegam até nós (desaparecimento de crianças pequenas) – disse Adriana.
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Ainda conforme a delegada, em cada caso é determinada uma metodologia de trabalho e não há tempo de duração ou prazo estabelecido para cada investigação. O trabalho da polícia no caso Naiara já dura sete dias.
Concluída a fase de depoimentos e a análise de imagens das câmeras de monitoramento, a investigação voltou às ruas em busca de informações. Para isso, a Polícia Civil local recebeu, nesta quinta-feira, o reforço de uma equipe de investigadores do setor de desaparecidos do Deca. Eles trabalham de forma discreta na cidade.
Nesta sexta, às 7h11min, completa exata uma semana do momento em que a menina foi filmada por uma câmera de monitoramento pela última vez, na manhã do dia 9. Naiara desapareceu quando caminhava sozinha pela Rua Júlio Calegari, em um trecho de menos de 300 metros entre as ruas Marcelino Ramos e Mozart Perpétuo Socorro, no bairro Esplanada, região sul de Caxias. Ela estava a caminho da Escola Municipal Renato João Cesa, onde cursa o segundo ano do Ensino Fundamental.
A principal linha de investigação é que a Nayara foi raptada por alguém em um carro branco. Câmeras de monitoramento mostraram um veículo deste tipo fazendo manobra suspeita neste trecho.
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