Doar o tempo livre em benefício de outras pessoas não é tarefa fácil; pelo contrário, exige amor e comprometimento, ainda mais quando essa ajuda é capaz de salvar vidas. Essa é a missão do Resgate Voluntário de Farroupilha, que atua há 12 anos no município e já realizou mais de três mil atendimentos. No entanto, a entidade enfrenta dificuldades, principalmente para manter a frota, e precisa de ajuda para dar continuidade aos trabalhos gratuitos.
O Resgate Voluntário foi criado em 2005 e auxilia em atendimentos pré-hospitalares no perímetro do município. Um dos exemplos mais recentes foi um acidente registrado na madrugada do último sábado, no bairro Imigrante. A colisão de um carro contra um poste matou o estudante Guilherme Maria do Sacramento, 19 anos, e deixou outros dois rapazes feridos. Os voluntários chegaram ao local e prestaram apoio.
Leia mais
Secretário de Serafina Corrêa morto em acidente é velado na Câmara de Vereadores
Queda de aeronave deixa dois mortos no interior de Barão
— Atendemos desde pessoas que sofreram acidentes de trânsito até outros problemas como mal súbitos e paradas cardíacas. Mas a gente tem uma limitação no atendimento em função das nossas viaturas, que são mais antigas. Por isso, se não é um caso de urgência e emergência, acabamos solicitando que a pessoa entre em contato com a Secretaria da Saúde — explica o presidente Doglas Neri.
O grupo conta com o apoio de sete voluntários e mais duas pessoas que estão em fase de estágio. Nenhum dos integrantes recebe salário para fazer os trabalhos. Atualmente, os recursos que mantêm a entidade vêm de apadrinhamentos (cerca de R$ 150 por mês), da prefeitura de Farroupilha que fornece 30 litros de gasolina mensais e de eventos promovidos pelos próprios voluntários. Porém, os gastos com materiais e manutenção e abastecimento das viaturas (uma ambulância, uma Blazer e uma van) superam a verba arrecadada pelo grupo.
— Até hoje, tentamos nos manter com eventos promovidos por nós mesmos, porém essas ações ficaram cada vez mais escassas. Chegamos num ponto que necessitamos de ajuda de todos. Precisamos urgentemente de viaturas novas para poder ter mais segurança e oferecer um serviço melhor — reforça Neri.
Grupo precisa de voluntários
Além do apoio financeiro, o Resgate Voluntário de Farroupilha precisa que mais membros se unam à entidade. Conforme o presidente, Doglas Neri, os nove voluntários são insuficientes, o que acaba limitando os serviços. Atualmente, o grupo dá prioridade para atendimentos após o horário comercial e aos finais de semana, já que todos têm profissões paralelas. Nestas situações, a orientação para quem aciona o serviço é recorrer ao Corpo de Bombeiros ou ao Samu.
Para se voluntariar, o candidato passa por um período de estágio durante seis meses. Neste tempo, se a pessoa quiser prestar o atendimento pré-hospitalar, ou seja, manter contato direto com a vítima, terá que fazer cursos de primeiros-socorros, entre outros. Depois, há uma avaliação interna e, se passar pelas etapas, o voluntário está apto a realizar os atendimentos.
Neri lembra que o grupo faz apenas os primeiros-socorros às vítimas, que consiste, dependo da situação, em imobilização, contenção de hemorragias e liberação das vias aéreas, além da sinalização do local. Não são realizados procedimentos invasivos ou aplicação de medicação. Dependendo do caso, o resgate também faz a remoção da vítima ao hospital.
Como ajudar
Por meio de depósito bancário.
Banco: Bradesco
Agência: 1775-2
Conta corrente: 35199-7
Chamado
O Resgate Voluntário de Farroupilha pode ser acionado pelo número (54) 99999-5955, com Ênio Ferreira.