Como forma de alertar a população sobre a importância do diagnóstico precoce e para marcar o Dia Municipal de Luta Contra o Câncer de Mama, uma ação social ocorre nesta terça, das 9h às 16h30min, em frente ao Hospital Pompéia, em Caxias do Sul. Serão realizados agendamentos de mamografias e distribuídos materiais informativos. Chamar a atenção para o problema é uma das formas de diminuir as estatísticas: no Brasil, de todos os novos casos de câncer diagnosticados anualmente, o de mama representa 22%. Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) também apontaram quase 58 mil novos casos da doença somente no ano passado.
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Em Caxias, segundo o Núcleo de Atenção à Saúde da Mulher da Secretaria Municipal da Saúde, foram registradas 27 mortes no primeiro semestre deste ano. Um número alto se comparado com 2016, que terminou com 44 óbitos, uma média de 22 por semestre.Levantamento do Instituto Tacchini de Pesquisa em Saúde (ITPS), de Bento Gonçalves, mostra que, nos últimos 10 anos, foram registrados um total de 1.828 casos da doença na Serra - o serviço atende a 24 municípios.
– Os anos passam e os números não diminuem, o que é bem preocupante. Muitos casos são hereditários, 75% dos que foram atendidos nessa década, mas o que apavora são os vários descobertos em estágios bem avançados. É preciso cuidar da saúde, fazer exames de rotina, só assim conseguiremos mudar essa realidade – acredita a gerente do ITPS, Juliana Giacomazzi.
Marilei Vieira, assistente social do Centro de Auxílio às Pessoas com Câncer (CAPC),também acredita que a informação pode ajudar a evitar novos casos de câncer de mama. Os números, segundo Marilei, vêm aumentando com o passar dos anos:
– A maioria demora muito para procurar atendimento. Sempre alertarmos que a chance de cura é muito maior se o diagnóstico for feito no início. A doença está atingindo mulheres cada vez mais novas, não tem mais idade para acontecer.
Foi a preocupação com a saúde que fez com que a dona de casa Marta Cerutti, 51 anos, começasse a tratar o câncer de mama logo no início. Há quatro anos, durante uma mamografia, descobriu que estava com um tumor. Operou, fez sessões de radioterapia e hoje ajuda mulheres a superar a doença como voluntária no CAPC.
– Meu irmão teve câncer e isso fez com que eu ficasse sempre em alerta. Não pode ser assim, todos temos que nos cuidar e não esperar a doença bater na nossa porta – avisa Marta.