No final da tarde desta terça-feira, o Ministério Público revogou o acordo que autorizava a substituição das horas trabalhadas pelos médicos por cotas de atendimento de pacientes, feito na administração passada. A decisão veio a partir de um despacho encaminhado pelo promotor Adrio Gelatti ao prefeito. O MP anexou ainda a recomendação, enviada à prefeitura em 2009, que pedia a fiscalização do cumprimento da carga horária da categoria. Desde o dia 1º, os médicos devem bater o ponto e cumprir as horas de trabalho conforme estabelece o edital de concurso público.
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Nesta quarta, membros da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Câmara de Vereadores vão tentar marcar uma reunião com Guerra para tentar intermediar um debate entre os dois lado. O presidente da comissão, vereador Renato Oliveira (PCdoB), porém, não tem data para que o encontro ocorra.
Na segunda, três médicos pediram exoneração da prefeitura e outros 10 solicitaram redução da carga horária. Esse número teria subido para 12, segundo Marlonei, mas a secretaria da saúde não confirmou a informação.
Também nesta quarta, em vídeo divulgado pelo Sindicato dos Médicos, o presidente da entidade, Marlonei dos Santos, afirma que vai processar Daniel Guerra (PRB) por assédio e dano moral, além de intimidação do profissional em greve. A ação seria uma resposta ao vídeo divulgado pela prefeitura nas redes sociais. No material, o prefeito aparece, ao telefone, cobrando um médico que estava em greve na quinta-feira por não estar no trabalho. Na segunda, o Conselho Regional de Medicina do RS (Cremers) entrou com uma representação junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT) também em função da exposição pública do médico.