O mês de outubro, marcado pela chuva, e o calor dos últimos dias são uma combinação perfeita para o mosquito borrachudo, que habita o interior de municípios da Serra. Para combater a proliferação desse inseto, prefeituras da região costumam distribuir larvicidas biológicos, como o BTI. As informações são da Gaúcha Serra.
O programa de combate ao mosquito borrachudo em Caxias do Sul é contínuo. A Vigilância Ambiental da Secretaria da Saúde tem nove agentes que trabalham especificamente nas aplicações em arroios maiores. Também são distribuídos larvicidas para moradores do interior. Em média, 2 mil litros da substância são adquiridos por ano pelo município. Até novembro, 400 solicitações da população já foram atendidas. Somado ao trabalho dos agentes, foram mais de mil aplicações.
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Embora haja todo este esforço para combater o borrachudo, que atrapalha desde o produtor na colheita até o turismo rural, para funcionar, a aplicação do larvicida precisa ser feita de maneira correta, conforme destaca Adriana Rhoden, médica veterinária da Vigilância Ambiental da Secretaria da Saúde.
– Tem que ser aplicado no período larval. Para isso, quem aplica precisa ser capacitado para reconhecer a larva. O BTI não mata o mosquito adulto. Com maior quantidade de água, o mosquito também tem acelerado este ciclo – explica Adriana
A solicitação do larvicida e informações sobre aplicações podem ser obtidas nas subprefeituras ou diretamente na Vigilância Ambiental de Caxias.
Municípios vizinhos
Se aplicado da maneira correta e de forma coletiva, há mais chances do larvicida surtir efeito na erradicação do borrachudo. Farroupilha, que faz divisa com Caxias e também tem grandes áreas de extensão rural, tem um programa de combate ao mosquito diferente. A Secretaria da Saúde não tem agentes específicos para reforçar a aplicação do BTI em arroios do interior.
De acordo com Marcos da Silva, da Secretaria da Saúde do município, o larvicida é distribuído gratuitamente para moradores das 47 comunidades do interior de acordo com a situação climática. No início do ano, foram repassados 250 litros. A última aplicação, em setembro, foi de 100 litros. A prefeitura ainda tem 150 litros no estoque e não tem previsão para vir mais neste ano.