A denúncia sobre um homem que se masturbava em ônibus de transporte coletivo em Caxias do Sul repercute intensamente nas redes sociais. O caso ocorreu na Estação Principal de Integração (EPI) Imigrante na tarde de terça-feira. Após a reclamação de duas mulheres, o homem fugiu pulando uma janela do veículo. A Guarda Municipal foi acionada, porém o suspeito escapou deixando sua mochila para trás. O caso é investigado pela Delegacia para a Mulher.
O desabafo na rede social foi feito pela estudante de Psicologia Bruna Vergani, 20 anos. Ela estava no ônibus da linha Troncal por volta das 15h.
– Ele estava em pé ao meu lado e começou a passar as mão nos órgãos genitais, como se estivesse se masturbando. Logo depois, sentou ao lado de uma outra moça e continuou o que estava fazendo sem o menor pudor. Ela criou coragem e gritou. O motorista parou o ônibus já dentro da EPI Imigrante e pedimos para não abrir a porta, para evitar a fuga dele – relembra.
Conforme o relato de Bruna, houve pouca mobilização das pessoas estavam no ônibus e o homem conseguiu fugir por "uma janela muito pequena". As duas mulheres gritaram pelo apoio da Guarda Municipal.
– Realmente houve este fato. Um dos guardas perseguiu este suspeito até as proximidades do bairro Lurdes, onde ele evadiu. Uma das moças foi conduzida até a delegacia de plantão para o devido registro –relata Ricardo Fugante Martins, coordenador da Guarda Municipal.
De acordo com o relato da estudante, durante a fuga do ônibus, o suspeito abandonou uma mochila onde foram encontrados documentos. O desabafo no Facebook teve mais de 1,2 mil compartilhamentos, 3 mil curtidas e 355 comentários até a tarde de quinta-feira.
– Eu fiquei muito indignada, assustada, foi uma mistura de sentimentos. O que predominou foi o nojo. Me senti na obrigação de compartilhar e postar para evitar situações como esta ou ao menos alertar. Não imaginei que iria ter tamanha repercussão, me sinto apoiada e agradeço a todos – desabafa Bruna.
Os pertences do suspeito foram entregues a polícia. O caso, registrado como ato obsceno, é investigado pela Delegacia para a Mulher.
– O suspeito está identificado e foi instaurado o procedimento. O prazo é de 30 dias, mas tentaremos concluir o mais breve possível. É um crime que corre em segredo judicial. A pena prevista para ato obsceno é de três meses a um ano de reclusão – informa a delegada Carla Zanetti.
A Visate emitiu um comunicado sobre o assunto:
A Visate comunica que em caso de assédio sexual ou outra situação de abuso ou insegurança em ônibus, a vítima deve comunicar a operadora de sistemas ou o motorista. Os funcionários estão instruídos a avisar imediatamente a Brigada Militar, que através da Patrulha do Transporte Seguro atenderá o mais rápido possível.
A Visate também se coloca a disposição para ajudar através dos telefones:
SAC: 0800.0516133
Visate: (54) 3215.8000
WhatsApp Visate: (54) 9605.3935