Em obras desde outubro do ano passado, o trecho da Avenida Júlio de Castilhos entre os bairros Lourdes e São Pelegrino, em Caxias do Sul, ainda está longe do ideal previsto na “revitalização” da prefeitura. O cronograma prometia a repaginação de itens que pediam socorro, como calçadas esburacadas, hastes de placas de trânsito caídas, luminárias e cúpulas estragadas e, principalmente, o trabalho de refazer parte do calçamento da via, bastante gasta por ter se tornado escape para as obras do Sistema Integrado de Mobilidade, o SIM Caxias.
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No entanto, quase sete meses depois, poucas mudanças são vistas na área central, além do nivelamento dos paralelepípedos e a pintura dos postes verdes. Uma das polêmicas da época, aliás, foi a remoção dos 151 postes em estilo retrô instalados ao longo da avenida. De fato, boa parte deles não está mais lá – restaram apenas os que circundam a Praça Dante e os em frente ao Hospital Pompéia. O remendo na calçada, porém, foi feito com pedras que diferem das tradicionais uruguaias, já que não foram encontrados fornecedores de material idêntico.
Segundo comerciantes, a aplicação de pedras similares pode não agradar esteticamente, mas pelo menos não há risco de acidentes aos pedestres.
– O problema é que sem os postes fica ainda menos iluminado e mais perigoso – avalia um comerciante com estabelecimento próximo da Praça Dante.
Segundo o Secretário de Obras e Serviços Públicos, Norberto Soletti, a previsão inicial de encerramento das obras não se cumpriu em função do início da operação do SIM Caxias, no último dia 16, o que exigiu que a Av. Júlio fosse liberada para que os motoristas tivessem alternativa ao realizar as conversões proibidas nas Ruas Pinheiro Machado e Sinimbu.
Ele afirma que o projeto de revitalização envolve também outras secretarias, como a do Meio Ambiente, para fazer plantio de grama e flores nos canteiros.
– Estamos trabalhando em sintonia com a secretaria de trânsito. A nossa parte está praticamente finalizada e, se tudo correr bem, a previsão é estar com tudo pronto até o final de maio – avalia Soletti.