Em 2024, Caxias do Sul já contabiliza 224 casos confirmados de dengue e aumenta os números de um ano que já quebrou o recorde de toda a série histórica. Entre os anos de 2015 e 2023 foram 82 casos. Além disso, o município registrou a primeira morte causada pela doença, no dia 13 de maio.
A chuva recorrente também aumenta a preocupação de que novos criadouros do mosquito surjam na cidade. Um edital foi aberto para a contratação de 25 novos agentes. De acordo com a Vigilância Ambiental em Saúde, 16 atenderam ao chamado, estão em treinamento e estarão aptos ao serviço na próxima semana.
Vinculados a períodos de calor, quando a presença de mosquitos de todas as espécies são notada com mais frequência, o aedes aegypit, transmissor da dengue, também desacelera seu ciclo biológico em dias mais frios. No entanto, o diretor técnico da Vigilância Ambiental em Saúde, Rogério Poletto lembra que o ovos sobrevivem até 400 dias e aguardam temperaturas mais altas para eclodirem:
— O frio influencia na quantidade de mosquitos circulando. Acontece da população estar com mais roupas também, e o inseto ter menos área para picar. No inverno, se desenvolvem de forma mais lenta, mas os ovos que estão no ambiente aguardam até que tenham o ambiente ideal para eclodirem e se tornarem larvas.
As oscilações de temperatura criam tais condições e o ciclo pode ser acelerado no mesmo dia, quando a sensação térmica se eleva durante a tarde, por exemplo.
— Temos chuva o ano inteiro, então é fundamental que a população perceba os recipientes que captam água para estarem sempre fechados. Contamos com cerca de 60 agentes e teremos esse reforço já na próxima semana para vistoriar e orientar a população para os cuidados que não devem parar — reitera.