Uma área onde moram 40 famílias no bairro Galópolis, em Caxias do Sul, foi evacuada nesta segunda-feira (13). Uma ação da prefeitura durante a noite retirou sete famílias da nova área de risco no bairro. Uma família de venezuelanos (casal e um filho) foi encaminhada ao ginásio do Sesi. O restante foi para a casa de parentes.
A medida foi adotada pelo gabinete de crise da prefeitura caxiense, após reunião nesta segunda-feira (13). De acordo com a assessoria de imprensa do município, o que motiva a ação são novos deslizamentos e blocos na encosta.
A área de risco, assim, foi ampliada em Galópolis. Ela segue da Rua José Casa, que já tinha parte interditada desde o início de maio. Agora, o trecho é expandido a partir da Rua Pedro Sbabo em direção à 4ª Légua até a Rua José Comerlato. Residências acima e abaixo da encosta serão interditadas.
A expansão do trecho segue até o encontro das ruas José Comerlato e João Mincato. Ainda conforme a assessoria, muitas das famílias já deixaram o local por iniciativa própria.
— Este isolamento será feito de forma preventiva, porque foram detectados novos deslizamentos na região e foram feitas mais avaliações com fissuras e blocos instáveis na encosta. É uma evacuação preventiva sem previsão de liberação até que se faça uma melhor avaliação e esse solo esteja mais enxuto e dê maior segurança para o retorno — explica o diretor de Gestão Ambiental da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semma), Caio Torques.
Ruas interditadas em Galópolis
- Rua José Casa até a cooperativa;
- Da Rua Ismael Chaves até a Rua Ângelo Basso;
- Rua Faustino Tissot (parte baixa);
- Rua Batista Tissot (parte alta);
- Rua João Matte;
- Rua Ismael Chaves;
- Rua José Casa a partir da rua Pedro Sbabo em direção a São Francisco da Sexta Légua até a rua José Comerlato, seguindo por esta via até o encontro com a rua João Mincato.
Evacuação pode ser compulsória
Por determinação da Justiça, a pedido do Ministério Público (MP), a evacuação pode ser feita de forma compulsória. A decisão foi tomada no último dia 4. Com o ato, o município, junto das forças de segurança como Defesa Civil, Brigada Militar, Bombeiros, Polícia Rodoviária Federal, podem retirar os moradores das zonas de risco, caso estes não aceitem evacuar.
— A ação civil pública foi necessária porque as equipes de resgate vinham encontrando resistência de alguns moradores, que, apesar de cientificados da iminência de uma tragédia, negavam-se a sair do local — explica o promotor de Justiça Adrio Gelatti.
Conforme o promotor, a medida deve ser utilizada como último recurso para que as pessoas atendam à solicitação.